29 de abr. de 2008

O tempo é variável que não controlamos

Carlão da Publique

As linhas desta edição marcam minha décima contribuição à Folha da Cidade.No domingo da semana que escrevo esta coluna acordei em Porangaba, almocei em São Paulo e dormi em Goiânia.Aliás, é da capital de Goiás que escrevo e remeto para publicação mais esta “Andanças”.Hoje é terça feira, 06 de março.Amanhã, quarta, vou almoçar em Brasília e jantar em São Paulo.Na quinta, estarei em Araçatuba e quando você estiver lendo estas palavras, provavelmente já terei acrescentado mais algumas milhas às minhas andanças.
O mundo mudou muito nos últimos anos.Temos hoje “a nosso favor” uma infinidade de ferramentas que acelaram e facilitam nossa capacidade de trabalho, provavelmente fazendo a gente trabalhar muito mais do que antes.O avião, o computador, a internet, o celular, enfim, tudo isso anda fazendo com que a gente nem encontre mais tempo para um simples e bom bate papo ao vivo e a cores.É impressionante o tanto que vivemos correndo, especialmente no aspecto profissional da vida.

A busca do equilíbrio provavelmente deva ser o objetivo mais procurado hoje em dia por gente que trabalha muito, viaja muito, corre muito.Conversava esta semana com um amigo que se dizia descontente com a correria que tinha tomado conta da vida dele,por conta, diga-se de passagem , do “sucesso profissional”,fator que tem cobrado um preço cada vez mais alto das pessoas.

O dia só tem 24 horas, a semana só tem 7 dias , o ano só 365 dias.Uma hora tem apenas 60 minutos, assim como em um minuto não cabem mais do que 60 segundos. Contra essas variáveis não cabe nenhum tipo de apelo e é bom levar em conta que a vida não tem pit stop, não tem ensaio e segue adiante todos os dias.

Assim, é “urgente” que saibamos encaixar um tempo em nossas vidas para nós mesmos e para as pessoas à nossa volta, para a família, para os amigos, para o lazer, para o equilíbrio que cada vez mais a tecnologia(a mesma que tanto facilita a vida) sem querer pode estar nos tirando.
Pense nisso e mãos à obra. O tempo não para.

Carlos Alberto da Silva é técnico agrícola e jornalista, graduado na PUC-SP, em 1988. Fez Especialização em Marketing pela ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Trabalhou como bóia fria nas férias escolares, entre 1980 e 1982 e também de janeiro a setembro de 1983.

Empresário, é Presidente e Fundador do Grupo Publique, a maior empresa de soluções de marketing para agronegócios do Brasil, que atua na área desde 1988.

Desde 2004, é criador de Gado Gir Leiteiro PO, na Rio Vale Agronegócios, em Porangaba-SP.

28 de abr. de 2008

Agradecer, sempre

Carlos Alberto (foto), o Carlão da Publique, criador de Gir e publicitário, escreve semanalmente uma pequena reflexão para a qual deu nome de "Andanças". Veja aqui um pouco de suas reflexões.


Andanças 37


Vivemos tempos de correria. De pouco espaço para a reflexão.Outro dia escrevi aqui que a chegada do outono era um tempo especial para sonhar, prometer, perdoar, voltar atrás, repensar, amar, viver.

Vejam que esqueci de um verbo fundamental: agradecer.

Agradecer por ter acordado agora cedo.

Agradecer que posso andar, ora estou ladeira acima, ora ladeira abaixo. A vida, ainda bem, não é sempre uma reta só.

Agradecer a benção divina de poder ouvir. Assim, ouço lamentos, elogios e críticas, que me conectam com o mundo lá fora. Gesto simples que me faz melhor e melhora o dia-a-dia de outras pessoas.

Agradecer que meus olhos enxergam a luz do Sol e que a luz da Lua e o brilho das estrelas ainda me emocionam.

Agradecer que quase tudo que sempre sonhei já pude realizar e que tantas outras que ainda não aconteceram foi por pura falta de sonho.

Agradecer pelas conquistas e vitórias que me sustentam a alma e que me empurram para o futuro.

Agradecer pelas perdas e derrotas que me avisam e me falam da importância da humildade e da perseverança.

Agradecer as poucas e valiosas horas de reflexão, que me levam ao encontro da excelência em tudo o que faço.

Agradecer os poucos momentos em que senti como humano, muito mais do que fiz, como máquina.

Agradecer que sempre tem alguém para me ouvir,pois é da alma humana precisar do carinho que a atenção alheia proporciona.

Agradecer a felicidade de ter sempre tantos e tão bons amigos por perto.

Agradecer mais e pedir menos.

Agradecer. Ponto.

Carlos Alberto da Silva, o Carlão da Publique, agradece sua paciência em ler esta coluna toda quinzena.