Andanças 37
Vivemos tempos de correria. De pouco espaço para a reflexão.Outro dia escrevi aqui que a chegada do outono era um tempo especial para sonhar, prometer, perdoar, voltar atrás, repensar, amar, viver.
Vejam que esqueci de um verbo fundamental: agradecer.
Agradecer por ter acordado agora cedo.
Agradecer que posso andar, ora estou ladeira acima, ora ladeira abaixo. A vida, ainda bem, não é sempre uma reta só.
Agradecer a benção divina de poder ouvir. Assim, ouço lamentos, elogios e críticas, que me conectam com o mundo lá fora. Gesto simples que me faz melhor e melhora o dia-a-dia de outras pessoas.
Agradecer que meus olhos enxergam a luz do Sol e que a luz da Lua e o brilho das estrelas ainda me emocionam.
Agradecer que quase tudo que sempre sonhei já pude realizar e que tantas outras que ainda não aconteceram foi por pura falta de sonho.
Agradecer pelas conquistas e vitórias que me sustentam a alma e que me empurram para o futuro.
Agradecer pelas perdas e derrotas que me avisam e me falam da importância da humildade e da perseverança.
Agradecer as poucas e valiosas horas de reflexão, que me levam ao encontro da excelência em tudo o que faço.
Agradecer os poucos momentos em que senti como humano, muito mais do que fiz, como máquina.
Agradecer que sempre tem alguém para me ouvir,pois é da alma humana precisar do carinho que a atenção alheia proporciona.
Agradecer a felicidade de ter sempre tantos e tão bons amigos por perto.
Agradecer mais e pedir menos.
Agradecer. Ponto.
Carlos Alberto da Silva, o Carlão da Publique, agradece sua paciência em ler esta coluna toda quinzena.
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